Na Sarça Ardente: Um Encontro com o Deus das Gerações

A rocha é a matéria; é dura, cruenta, áspera. Representa a carne, a limitação humana, o peso da existência que se arrasta sob o jugo do tempo. Mas, assim como Moisés foi colocado por Deus na fenda da rocha para contemplar Sua glória, também podemos atravessar a barreira da matéria e adentrar o sobrenatural. O caminho? Oração. Nada mais é necessário além de um tempo reservado e um coração cheio de fé.

Num primeiro momento, tudo pode parecer pedra sobre pedra, um deserto seco e intransponível. Contudo, aos que insistem, aos que perseveram, aos que permanecem, a rocha se torna uma passagem. Como quem caminha por um desfiladeiro apertado, vê-se adiante uma abertura, um vislumbre do infinito escondido na rigidez da matéria.

Passada a abertura, a luz se revela. O fogo sempre esteve ali, ardendo em chamas que nunca se apagam. No entanto, ele não se manifesta ao pecado. Somente aos que foram purificados.

Em Cristo, estamos limpos. Pela fé, lavados. E assim, podemos adentrar a rocha, vencendo os limites do tangível, cruzando a passagem entre o humano e o divino, penetrando na Presença.

Ele nos dará a visão da sarça ardente. O fogo a queimar continuamente sem consumir. A revelação a chamar pelo nome e nos convidar a um propósito maior. E diante dEle, entendemos: Ele é o mesmo. O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. O Deus que nunca mudou. O Deus que caminha de geração em geração, conduzindo Seu povo e revelando Seu Nome.

Ali, dentro do Espírito, quando todas as escamas caem e toda cegueira se dissipa, encontramos o Pai. E falamos com Ele como quem fala a um amigo. Pois Ele é o mesmo Deus que chamou Moisés pelo nome. E hoje, Ele nos chama também.

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Rafael Pacios

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